quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Essa deliciosa sensação de não fazer nada, mesmo que breve. Sentar na janela do ônibus, encostar a cabeça no vidro e sentir o vento no rosto. Pessoas cheias de sacolas, rindo alto, falando no celular, exatamente de passagem, assim como eu. Os pequenos encontros de olhares, um sorriso disfarçado, um gesto tímido. Essa brincadeira de quem tem um caminho a cumprir mas se permite distrair no meio dele. Essa saudade rápida do rosto desconhecido, a simpatia com alguém de sapatos diferentes, a troca de cheiros da rua.
Chego no ponto, estou atrasada.

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