sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem título 4

Viver é morrer aos poucos...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Prece

Senhor,
Necessito de fé, para que estas palavras valham alguma coisa. Algo em mim tornou-se oco, e com pequenas migalhas busco inutilmente me preencher. Não permita que apenas o tempo cuide destas marcas, deixe que o sopro de vida, vindo das coisas divinas, se aposse de mim. Permita que eu me dispa da arrogância de crer que sou incompreendida, colocando-me num patamar elevado, distante. Deixe que a minha humanidade transpareça apenas, a única coisa que me conecta com meus irmãos, e que eu seja capaz de aceitá-los, da forma que se apresentarem. Não quero compreendê-los, sendo que a única compreensão que se pode alcançar é a de si mesmo. Somos os únicos que conhecemos bem, mas algo faz com que temamos o contato. Não me permita ter medo. Permita que eu ame apenas, de todas as maneiras, de forma plena, um sentir capaz de estourar o corpo, espalhado. Permita que as lágrimas que eu derrame, sejam água milagrosa, fertilizando o chão sob mim.
Senhor, acima de tudo, me permita ser. Me permita estar apta ao que legaram aos homens:

Ser, sentir e amar.