domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sem título

Pronto, estou pronta. Para tentar provar algo que nem eu mesma sei o que realmente é.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E aqui fico

Quem sabe um dia
volte aos primórdios, ao útero
E lá, encontre de volta o aconchego.
Me agarrarei forte nas paredes
Para nã ser expulsa.
E fico.

Resumo todo o tato, numa circunferência
interna, escura, impenetrável. Minha.
E fico.

Quero sentir apenas o que me é alheio
Nego, o que me é direto
Não quero a carne exposta, nem essas feridas mundanas-
marcas de uma existência sofrida, maltrapilha
Quero apenas a particularidade de minha matriz
comprimida, sem luz, sem nada.
Sou nascida da escuridão, e para ela retorno.
E fico.

Deixo bem claro, dispenso tudo!
Desprezo qualquer manifestação humana, errática
Não vou estar, não vou ser, simplesmente não vou
Não quero! Não! Nunca mais
Minhas lembranças? Pra que as quero?
Me solto, me livro, volto. Pro aconchego do útero, um coma
Livre da consciência, da noção, do tato. Soterrada.
E fico.