segunda-feira, 25 de junho de 2012

Situação

Ele vai vir, e toda a raiva que eu senti vai passar. É sempre assim, eu fico puta e ensaio mil coisas para serem discursadas e todas as respostas que eu poderia rebater quando ele respondesse. Ai eu choro, faço um escândalo, sou de natureza dramática. Subo a rua, paro no portão, aperto a campainha, cruzo os braços, forço uma cara de brava e escuto ele abrir a chave com a porta. Ele aparece com o cabelo bagunçado e a cara de sono. Arrasta os pés pra andar. Chega no portão, o abre, e minha raiva já passou, o que eu queria falar já não tem sentido ( na verdade nunca teve ), mas não o beijo, puro capricho. Entro engolindo o riso e arrumo a postura pra tentar manter a seriedade e me contendo pra não mostrar que tudo que eu quero é só me aconchegar no abraço e cruzar minhas pernas entre as dele.

É sempre assim, cáspita.

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