segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Apenas pontuando

E começo a caminhar, sozinha. Viro uma rua, depois outra, ás vezes ria, ás vezes chorava, mas estava ali, caminhando sozinha. O sol começou a afastar a friagem matutina e as pessoas puseram-se a na rua de forma mais confortável. Essas andanças são geniais para tentar por algumas coisas no lugar, estar à deriva. O aleatório te faz ir por caminhos desconhecidos, se perder é necessário ás vezes. Dói no peito se perder, mas   se aprendem outros caminhos. Encontrei um bonito. Uma rua comprida cheia de árvores, e estas árvores cheias de flores. A representação máxima da primavera, um colorido quase fantasioso, o chão forrado de tapete de flores. É incrível como inconscientemente sabemos os caminhos que temos que fazer. Sem querer, quase como um pequeno milagre, com toda essa inquietação eu cheguei ali, uma rua de beleza escancarada nos entremeios da Vila Mariana, com chão e céu de flor. Mas nesse momento, caralho, seria capaz de por fogo em tudo.

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