Outra noite me apareceste em sonho. Com a mesma expressão que me fazia disparar o peito quando já de longe te via, esperando na calçada. Assim estavas em sonho, apaixonante, com seu meio sorriso me esperando. Acelerei os passos para logo me atirar no abraço que a muito espero. Mas era como se cada vez estivesses mais distante, e seu rosto mais disforme, já não lhe reconhecia. Parada, atônita, me vi sozinha em meio de borrões.
Acordei com o rosto lavado de lágrimas, soluçando baixinho para não acordar meu bem ao lado. Da sacada acendo um cigarro e imagino onde estarias tu, o que fazias da vida, pois aos poucos sua lembrança se esvai e eu já quase nem lembro de teu rosto. E por infortúnio me apareces em sonho! Típico de ti, de sua personalidade ingrata! Porque não me deixas em paz? Seus beijos? Não pretendo tê-los nunca mais.
Aqueles guisos brilhantes no céu, riem da minha ansiedade. Apago o cigarro. E daqui prometo: Seus beijos, nunca mais!
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