segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nostalgia

Me dê a mão, vamos fazer uma grande ciranda. Comigo não morreu!
Corra antes que ele te pegue. Se esconda, antes que te achem, até que...ALGUÉM SALVOU O MUNDO!
Corre, logo ali, átras daquela casa caiu um pipa. Desses coloridos de rabiola imensa. Veja só o meu peão! Roda, roda, roda...Roda como o bambolê na cintura da menina bonita.
Cansados? Tomemos um chá. Tragam suas bonecas, vamos fazer com que se conheçam. Depois, peguemos os colares da mamãe, e algumas laranjas, pra enchermos o sutiã.
Queremos ser grandes logo, pra podermos usar batom. Vermelho.
Mas agora não se pode pensar em batom porque estamos sob ataque dos ALIONÍJONAS! Vindos de Marte! Não, Vênus! Não, do planeta dos alioníjonas monstruosamente monstruosos que não gostam de patê de atum!
Mas logo veio meu herói, aaaah me salvar das horríveis coisas que podia fazer comigo, como o resto da vida comer escarola, ou lição de matemática de tarde, imagine!
Apostemos quem monta o maior vcastelo de areia! Ou cava o buraco mais fundo! Alguém notou o vovô com sua careca brilhante e sua barrigona, como dorme? Vó, deixaste a massa de bolo pra eu raspar? Bota aquela música esquisita pra eu dançar? Me conte uma história!
Preciso dormir e deixar o dente embaixo do travesseiro. Vou sonhar com a fada Azul, para que assim tudo que eu queira, se eu for bom e acreditar, se concretize.
Eu posso ser o que eu quiser, não foi assim, que me ensinaram? Que uma risada cura o mundo, não é assim? Que devo ter medo só dos bichinhos debaixo da unha, não é?
Quanta pergunta! Vou voltar pro pátio, o sol me espera.
Mais tarde a vida me espera.

A felicidade era capaz de se resumir em um pirulito.

Um comentário:

  1. Puxa...que coisa assombrosa de legal que vc escreveu aqui...rico em imagens, humor, liberdade e até costumes.
    Olha surpreendente...
    Adorei.

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